segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Beira-Mar

Perdi a noção do tempo e refiz em mim meu eu no teu
Voltei as horas, encontrei refúgio nas janelas pardas do teu olhar
O meu abrigo correu receoso e no álgido dilúvio fez de nós beira-mar.

Descansei o coração e do ciclo despertou decepção
Cresci naquele instante e deparei-me com teu tom amargo a me encarar
Fechei minha alma e por razão, no emaranhado azul coloquei-me a nadar

Chorei o corpo, extenuado, no brilho fraco te encontrei
Parei no esquecimento, lancei-me ao vento e nos braços castos me vi pousar
Sorri tua ausência, e no fim da tormenta fiz de ti imenso mar.

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